terça-feira, 7 de junho de 2011

O VALOR DE UM BEIJO



O beijo tem algum valor?

A poesia puxa este tema para mostrar um lado bem real deste gesto, que, inicia-se cheia de significados e, quase sempre, termina em asco.

Sob uma lua vigorosa ou até mesmo entre quatro paredes um casal de namorados troca inúmeras juras de amor. Tudo isso vai, evidentemente, culminar em um longo e apaixonado beijo. Nesta fase o beijo tem um valor astronômico, tanto para um, como para o outro. O engraçado é que o beijo pode ser comparado ao dinheiro, pois, vejam só: O dinheiro vai perdendo seu valor com o tempo devido à inflação, o beijo também vai perdendo seu valor inicial com o tempo, isso devido às conturbações de convivência e demais conflitos. Aquele beijo dado no inicio do relacionamento agora passa a ser evitado, isto depois de alguns anos de casamento. A poesia chama a atenção para um detalhe: Primeiro, uma pergunta. Você acredita que o amor verdadeiro existe?

Pois, para a poesia real que há dentro de cada um de nós, o amor existe sim e já foi provado por vários casais de felizardos. Sabe aquele beijo com medo, trêmulo, dado lá no começo de tudo? Pois é, tem casais que ainda o repetem após anos e anos de convívio em comum e, com a mesma intensidade. Isso não é amor?

Agora, triste mesmo é a recusa deste gesto por parte de um dos parceiros. Muitas vezes, o relacionamento rolou de forma em que o amor era unilateral, ou seja, apenas um dos parceiros amava, enquanto que o outro por motivos vários, deixou-se levar.

Isso acontece com muita gente hoje em dia e, o amor, acaba sendo banalizado e até mesmo sendo objeto de gozação com frases do tipo: "O amor não enche barriga e nem dá casa pra ninguém". A poesia vem em defesa do sentimento mais sublime e desmancha todo e qualquer argumento desse tipo dizendo que, um será pelo outro em toda e qualquer circunstância e que, juntos com muito trabalho e respeito mútuo, hão de conseguirem vencer todas as etapas da vida. Ao contrário disso é muito triste saber que numa separação um beijo não paga nada. É preciso dividir imóveis, carros e tudo o mais que o valha. A poesia diz que não precisa nada disso, pois, um beijo paga tudo e diz tudo na hora do último olhar, da última palavra, do último abraço. Só a morte separa um casal que se ama e, para a eternidade ninguém leva bens materiais e sim o gosto do último beijo.

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