quarta-feira, 8 de junho de 2011

A relação do beijo com o sexo



Os lábios da boca guardam semelhanças com o clitóris, principal motorzinho do prazer feminino - essa seria uma das explicações de por que mulheres, principalmente, amam beijar. Ambos os órgãos têm intensa irrigação vascular e escondem suas terminações nervosas sob uma fina mucosa, o que os tornam supersensíveis. Além disso, a boca é a primeira parte do corpo com a qual exploramos o mundo, a partir do peito da mãe.

Trocando em miúdos, por meio dela somos apresentados à noção de prazer (no caso, o da alimentação). A cada encontro com um novo parceiro, os lábios acabam por revelar se a relação terá ou não futuro sexual. O cheiro do outro, o gosto, a textura e a temperatura da pele... Tudo isso já pode ser sentido no beijo. Ou seja: é no encontro de lábios que nasce e morre o tesão. Ou o amor.
   



"O beijo implica, ao mesmo tempo, acesso ao corpo do outro e uma entrega talvez maior do que a da transa", avalia o psicanalista e escritor Contardo Calligaris. "Nele, o amor está quase sempre misturado." Tanto que, quando o desgaste contamina um relacionamento, o contato labial vai ficando cada vez mais diplomático, até chegar a um selinho, no máximo. n

"A partir do momento em que não há mais vontade de dar beijo de língua, a relação sexual também fica comprometida", afirma Carmita Abdo. "O beijo não mexe só com o corpo da pessoa, mas também interfere no seu estado psicológico."

Nenhum comentário:

Postar um comentário