Bom de cama para sempre

Ser “boa ou bom de cama” é saber dar e ter prazer. Simples, mas nem sempre fácil. Bom sexo depende, entre outras coisas, de boa saúde (físico), boa cabeça (emocional) e bons parceiros. A medida do sucesso é a satisfação alcançada pelo casal. Uma boa amante é uma mulher que realmente se entrega e para urna entrega ser verdadeira exige-se da pessoa segurança, sensibilidade e criatividade.

Mas, quando será mais fácil para uma mulher reunir tudo isso? Não existe idade ideal. Existem, sim, diferenças de condições em cada etapa da vida. Se, aos 20 anos, o corpo perfeito facilita a conquista, aos 40, a maturidade aumenta a segurança e estimula a criatividade. A receita é explorar, da melhor maneira possível, as peculiaridades de cada momento. Cada mulher tem a sua receita; ela é individual e depende de suas emoções.

Aos 25 anos: linda

Os hormônios, a ousadia e a curiosidade em alta ajudam o desempenho. Saúde, juventude e beleza são armas preciosas, mas não absolutas. Uma boa performance exige atenção, segurança e participação. Belas formas e músculos rígidos não são garantia de satisfação ao parceiro. E também imprescindível tomar iniciativa, criar e ousar na cama. É desanimador para um homem uma mulher que não vibra e não participa. Isso ainda é difícil para muitas mulheres, que receberam uma educação repressora. Para superar bloqueios e inibições aconselho investir no autoconhecimento. As mulheres precisam conhecer seu corpo e as respostas que ele dá a cada estímulo. Banhos demorados e carícias em busca de novas sensações são bons exercícios.

Dica: Não se acanhe. Se for necessário, vale guiar as mãos dele para os pontos onde você gosta de ser tocada. Palavras sensuais ao pé do ouvido são estimulantes. Libere a fantasia.

Aos 35 anos: segura

Aqui a experiência, aliada à juventude, ainda é forte elemento de sedução. Esse é um dos melhores momentos da vida de uma mulher, Em geral, ela está bem resolvida e mais confiante. Ao mesmo tempo é um período de risco, pois nesta fase costumam aparecer ausência de desejo, depressão e falta de motivação. Esses sintomas estão mais ligados a fatores psicológicos. Falta de perspectivas e desencanto com o parceiro, ou com a relação, são duchas de água fria na libido feminina. Também o conflito entre a maternidade e a profissão gera ansiedade. Aqui fundamental o apoio do parceiro para superar esta dificuldade.

Dica: Mantenha a auto-estima. A primeira providência é jamais descuidar do visual. Não há tesão que sobreviva a calcinhas furadas, camisolas velhas e desleixo. Mantenha o jogo da sedução. O homem adora se sentir desejado. A rotina e o sexo burocrático são os maiores antídotos para o tesão.

Aos 45 anos: sábia

Sem a juventude como a arma principal, há muitas outras a serem exploradas, principalmente levando-se em conta que o bom desempenho na cama depende, antes de tudo, da saúde. Alimentação adequada, atividade física e estar bem consigo mesma são pré-requisitos indispensáveis para manter a auto-estima e a disposição para o sexo. A chegada da menopausa pode exigir alguns cuidados, como controle hormonal, mas não é verdade que isso seja sinônimo de dificuldades na vida sexual. Ao contrário: muitas mulheres observam maior apetite sexual e melhor desempenho nesse período da vida. Um cuidado indispensável nessa fase é fazer exercícios para manter rígida a musculatura vaginal, que pode se tomar mais flácida. Quando isso acontece, começam as dores durante a relação.

Dica: Jamais encare a idade como inimiga. O prazer está diretamente ligado à capacidade de sonhar, de ter fantasias, de ser feliz. E isso vem de dentro de cada uma. Não tem nada a ver com idade.

Fonte: MercNews nº145 Revista Mercnews nº 145Agosto/2007
Dr Celso Marzano é urologista. sexólogo e terapeuta sexual
Diretor do CEDES e do ISEXP - SP
www.desejosexual.com.br