domingo, 10 de julho de 2011

AMOR OBSESSIVO

Muitos casais fazem de  tudo pelo parceiro, esquecer dos próprios limites e transfor mar a paixão em obsessão não é nada romântico. Ao contrário, esse tipo de amor rima apenas com dor, destrói a auto-estima e pode gerar uma dependência doentia. 

Muitas mulheres caem na armadilha de depositar a chave da felicidade nas mãos do parceiro, sem perceber que perderam o próprio eixo. À primeira vista, elas estão apaixonadas e, na fase inicial, é até natural ficar à mercê do parceiro. Mas, quando a pai xão vira vício, o amor sai de cena e dá lugar à co-dependência. 
“Assim como alguns precisam de álcool para se sentir bem, outros são viciados em pessoas. Pensam 24 horas por dia no parceiro e fazem tudo em função dele. Aí a relação torna-se nociva”, afirma o psicólogo Vicente Galvão Parizi. “Numa relação de co-dependência a carência, a ansiedade e a angústia são intensas e precisam ser totalmente supridas pelo outro. Por medo de perder o ser amado, a pessoa se anula e abre mão de seus desejos”, explica Sandra Maia, autora do livro “Eu Faço Tudo por Você – Histórias de Relacionamentos Co-dependentes” (Editora Celebris). Na raiz do problema está a falta de auto-estima. “A mulher precisa do outro para se sentir amada, bonita, inteligente. Acha que o parceiro é uma dádiva que não pode ser perdida, mesmo quando a relação é insatisfatória”, revela Parizi.


Embora intrincado, esse padrão de comportamento pode ser mudado. O primeiro passo é reconhecer que isso não é amor, mas um relacionamento no qual todos perdem, porque não há parceria ou reciprocidade, características de uma relação sau dável. O segundo passo é buscar ajuda. Há grupos de apoio  e práticas que levam ao autoconhecimento. “Traba lhos corporais ajudam a retomar o próprio eixo emocional e manter os pés no chão”.

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