quarta-feira, 2 de maio de 2012

QUANDO ACABA O AMOR

Até algum tempo atrás eu ainda acreditava em contos de fadas e no velho “e viveram felizes para sempre”. Hoje ainda acredito ser possível, mas isso é para poucos. Na vida, muitas vezes gostamos de uma pessoa com todas as nossas forças, mas aos poucos esse amor vai se esfriando, se apagando, até se tornar uma amizade ou simples comodidade. O culpado disso? Não, não é nem um nem outro. Faz parte da vida, só isso. Vários fatores colaboram: o tempo, a rotina, a convivência, enfim, a vida em si.

Chega então o dia em que o homem ou a mulher (quando não os dois) sente apenas um carinho pela outra pessoa, e não mais aquele fogo, aquela paixão arrebatadora. Fica o carinho e o respeito. A partir desse momento, essa pessoa começa a sentir o irreversível desejo de se apaixonar novamente. De sentir um frio na barriga, de suar frio, de tremer quando se aproxima da pessoa desejada.

Na minha opinião, todos temos o direito de sermos felizes, de estar com uma pessoa que gostamos e que nos traz a alegria de viver. Se um amor chegou ao fim, cabe aos dois seguirem suas vidas, cada um para o seu lado, e começarem a jornada em busca da felicidade. Nunca é tarde para encontrar o amor. Pode-se achá-lo desde a mais tenra idade ou até mesmo depois dos 60. E por quê não? Por que se privar da felicidade? Sempre é tempo de recomeçar, e a vida dos dá todas as oportunidades de pegar o passado, espremê-lo, tirar-lhe todas as situações de aprendizado e seguir em frente, de cabeça erguida em busca daquilo que queremos.
 
Claro que nem sempre é fácil uma separação. Para um casal de namorados, fica um pouco de dor que logo passa e a vida continua. Para quem casou, é um pouco mais complicado. Para quem tem filhos, então é mais difícil ainda. Mas ainda assim, reitero, se o relacionamento não traz mais felicidade, de nada adianta seguir com ele. Só vai trazer mais angústia e sofrimento. Mesmo que seja muito complicado o processo de separação, talvez este seja o passo principal para que ambos possam começar a ter aquela velha alegria de volta.

Apesar de não ter tanta experiência assim no assunto, eu mesmo posso servir de exemplo. Há algum tempo, gostei muito de uma pessoa, fiz algumas “loucuras” em nome desse amor. Passado pouco tempo, eis que ela decidiu não querer mais ficar comigo. Devo dizer que as coisas já não andavam tão bem como antes, mais por ela do que necessariamente por mim. Então a convivência já não era tão boa quanto antes. Após o rompimento, sofri bastante, me vi em situações muito difíceis, dias haviam em que eu me sentia perdido. Mas conforme os dias foram passando, o tempo foi me mostrando que a situação em que eu estava não me trazia felicidade, era talvez uma ilusão, e apesar de toda a dor e sofrimento, eu diria que foi a melhor coisa que me aconteceu. E com toda a certeza hoje estou muito melhor que naquela época.

Então, encarar todo fim como sendo um novo recomeço faz com que as coisas não pareçam tão difíceis e assustadoras. Traz, inclusive, um sentimento de felicidade e esperança. Fomos feitos para amar e ser feliz e para isso que devemos viver, buscando o melhor para a nossa vida, sempre. Lembrando que sempre é hora de ser feliz, nunca, mas nunca é tarde demais. Temos sempre um novo dia pela frente, e devemos vivê-lo da melhor maneira possível. Uma frase que eu gosto muito de dizer é “It is never too late” (nunca é tarde demais).

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