quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O ciúme doentio e o amor possessivo


O ciúme é uma emoção complexa, que tem dominado a preocupação da humanidade há muitas gerações

De tempos em tempos, o ciúme doentio, foi examinado a partir de psicoterapia, de aspectos cognitivos e fenomenológicos, em paralelo com a evolução da psiquiatria.

A partir do ponto de vista fenomenológico, a maior parte dos pesquisadores mostra que a atenção esteve centrada no delírio do ciúmes.

O fato de medicina psiquiátrica ter tendência a concentrar-se em ciúme doentio como um sintoma das psicoses reflete-se no tratamento e nas abordagens.

Existe menos informação no que diz respeito ao ciúme obsessivo, onde o pensamento obsessivo tem a qualidade de ideação.

Como encontramos vários casos de ciúme obsessivo relacionado a desfechos violentos e criminosos, vale a pena estudar essa relação.

É necessário fazer uma associação entre o ciúme obsessivo e o sintoma obsessivo compulsivo (TOC). Esta é a primeira grande casuística sobre ciúme obsessivo.

A apresentação do ciúme obsessivo tem a forma de uma excessiva possessividade que aparece numa pessoa que não necessariamente tem um outro distúrbio de personalidade, porém apresenta um ciúme exagerado.

Num extremo está o ciúme delirante que pode complicar comportamentos de uma pessoa esquizofrênica, com transtorno afetivo ou relativos a uma psicose orgânica.

Uma outra forma, pode ser descrita por ciúmes de monomania tendo sido constatado e caracterizado por pensamentos intensos de infidelidade, levando a uma preocupante e contínua acusação de um companheiro pelo outro, com interrogatórios, testes e exigências sexuais excessivas numa tentativa de controle sobre o cônjuge.

Esta forma de ciúme patológico foi reconhecida como uma manifestação do transtorno obsessivo-compulsivo

O ciúme doentio acompanha vários estados psiquiátricos e o tratamento depende da natureza da doença

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